Catar e a Guerra de Informações - Jonathan Schanzer
"Foram os Catarianos que disseram: 'Tomem, venham para o nosso país, nós acolhemo-los'. Por isso, agora é o lar da maior base aérea americana no Oriente Médio, onde conduzimos a nossa guerra contra o terrorismo. E na rua seguinte a esta Base Aérea de Al Udeid está o Hamas, os Talibãs, os financiadores da Al Qaeda, os financiadores do ISIS... é uma situação verdadeiramente bizarra".
O Dr. Jonathan Schanzer é vice-presidente sénior de investigação da Foundation for Defense of Democracies. É também ex-analista financeiro de terrorismo no Departamento do Tesouro dos EUA (que equivale ao ministério da fazenda), e autor de vários livros sobre o extremismo islâmico.
"A Irmandade Muçulmana é uma das maiores, se não a maior, organizações políticas e religiosas com apoio popular no Oriente Médio, e é a pedra angular de praticamente todas as ideologias radicais que temos visto e enfrentado nas últimas duas décadas desde os ataques de 11 de setembro", diz o Dr. Schanzer.
Discutimos o papel que o Catar tem desempenhado na geopolítica internacional, comandando vastas campanhas de influência no Ocidente e financiando uma série de organizações terroristas no Oriente.
"O Catar tem sido capaz de financiar esta situação com uma enorme quantidade de dinheiro de lobbies e investimentos aqui nos Estados Unidos, e por isso alguns dos seus maiores defensores são o Pentágono e o Departamento de Estado. E chegaram a um ponto em que é quase como se não pudessem fazer nada de errado - até sete de outubro. Foi quando, penso eu, começou a tornar-se claro para o americano médio que os Catarianos estão fazendo o papel de incendiários e bombeiros. Gastam 200 milhões de dólares por ano apoiando o Hamas na Faixa de Gaza. Dão ao Hamas um quartel-general em Doha. E depois, assim que a crise chega, tentam negociar entre os Estados Unidos, Israel e o Hamas, fingindo ser um ator de boa fé. Mas, no final do dia, penso que todos nos demos conta de que eles estão defendendo primeiramente e acima de tudo o Hamas".